O que significa Autismo
Autismo é um distúrbio neurológico que prejudica o desenvolvimento da comunicação e das relações sociais do seu portador.
Também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), o autismo não tem cura, mas com o correto tratamento a pessoa pode ter uma vida normal, dependendo do nível de gravidade do distúrbio que possui.
Por norma, o autismo pode ser identificado nos primeiros meses ou anos de vida do indivíduo. Durante a infância, este distúrbio costuma ser chamado de autismo infantil.
As causas do autismo ainda são desconhecidas, mas diversos estudos sugerem que pode ser provocado por fatores genéticos ou de natureza externa, como complicações durante a gravidez ou a sequela de uma infecção provocada por um vírus, por exemplo.
Autismo Leve
É considerado um tipo sútil de autismo, diagnosticado a partir da observação de alguns detalhes sobre o comportamento do indivíduo, como: estabelece pouco contato visual com outras pessoas, não dá prosseguimento aos diálogos, não sabe se comunicar por gestos, dificuldade em aceitar regras de imediato, antissocial, não costuma responder quando chamado pelo nome, entre outras características.
No autismo leve a pessoa não apresenta dificuldades motoras ou na linguagem, como acontece em alguns graus mais graves deste distúrbio.
Caso haja a suspeita de que a criança tenha autismo leve, os pais ou responsáveis devem procurar um psicólogo ou pediatra para fazer exames. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor será a resposta do paciente ao tratamento e maiores as possibilidades de ajudá-lo a ter uma vida normal.
Muitas pessoas associam o autismo leve à Síndrome de Asperger, principalmente devido a grande semelhança entre os sintomas encontrados em ambas. A diferença está no fato da Síndrome de Asperger não afetar a linguagem e os aspectos cognitivos da pessoa, além desta ter uma habilidade de memorização bastante desenvolvida.
Características do autismo
Existem vários graus de autismo, com diferentes níveis de gravidade, sendo as características mais marcantes entre todos os portadores a dificuldade em estabelecer interações sociais, o interesse compulsivo por algo e a presença de comportamentos repetitivos.
Na realidade, a dificuldade em estabelecer interações sociais também se deve ao fato do portador do autismo ter dificuldades em entender e aplicar as normas sociais, que normalmente são aprendidas por base da observação e intuição.
As pessoas com autismo ainda podem apresentar distúrbios sensoriais, que fazem com que tenham uma percepção diferenciada do mundo ao seu redor. Por exemplo, é comum entre os autistas a elevada sensibilidade auditiva, fazendo com que se incomodem com ruídos que não perturbariam uma pessoa sem autismo.
Ressalta-se que o autismo não significa a falta de inteligência, visto que existem autistas em todos os níveis de QI (alto, médio e baixo). A principal barreira enfrentada pelo autista é a dificuldade em se comunicar e expressar o seu modo distinto de interpretar o mundo ao seu redor, sendo, muitas vezes, rotulados injustamente como 'retardados'.
Sintomas do autismo
Os sintomas do autismo costumam variar de acordo com a gravidade do distúrbio. No entanto, a dificuldade em estabelecer contatos sociais e comportamentos repetitivos são alguns dos sintomas mais comuns em todos os graus da doença.
De modo geral, a pessoa com autismo pode apresentar:
- Comportamento agressivo;
- Falta de contato visual com outras pessoas;
- Irritabilidade;
- Repetição de palavras (sem que haja um sentido);
- Imitação involuntária de movimentos;
- Hiperatividade;
- Dificuldade de aprendizagem;
- Dificuldade em lidar com mudança (de planos, de casa, de horários, de escola, e etc);
- Atraso na capacidade da fala;
- Manifestação de emoções extremas (em ocasiões onde não deveriam acontecer);
- Perda da fala;
- Falta de atenção;
- Interesse intenso em coisas específicas;
- Depressão;
- Falta de empatia;
- Ansiedade;
- Andar na ponta dos pés;
- Tiques e manias nervosas.
Lembrando que os sintomas podem variar de acordo com o nível do autismo, ou seja, não é necessário que a pessoa apresente todos os sintomas acima para ser considerada autista.
Tratamentos para o autismo
Como dito anteriormente, o autismo não tem cura. A criança com autismo se tornará um adulto com autismo. Porém, existem diversos tratamentos que auxiliam a minimizar os sintomas das pessoas com este distúrbio.
A criança com autismo deverá ser acompanhada por um fonoaudiólogo que ajudará a desenvolver a sua linguagem verbal e não-verbal.
A terapia ocupacional ou comportamental também é importante para ajudar o autista a desenvolver uma melhor resposta aos estímulos sensoriais.
Não existe um medicamento para o autismo e nem um tratamento geral, visto que são aplicadas diferentes técnicas de acordo com a gravidade da doença.
O constante acompanhamento psicológico feito por profissionais qualificados é essencial para a aplicação de qualquer tipo de terapia.
Autismo e Educação
Devido as dificuldades que os autistas apresentam em termos de cognição e de socialização, o papel dos educadores torna-se imprescindível para ajudar no tratamento das crianças com autismo.
Os psicólogos aconselham algumas atividades destinadas ao ensino dos autistas, principalmente aquelas que envolvam o estímulo visual e a reprodução de determinadas situações para exemplificar conceitos, por exemplo.
Fonte: Significados
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