8 Autoras que explicam a importância da sororidade
A sororidade é o sentimento de união entre mulheres, sendo um conceito muito importante para o movimento feminista. É baseada na empatia, na ajuda e no companheirismo que existe entre as mulheres.
A sororidade é a representação do sentimento de irmandade e de respeito que e capaz de fortalecer as mulheres, levando-as a colocarem umas no lugar das outras, ajudando-se mutuamente, livres de julgamentos.
Muitas autoras, ativistas e feministas têm escrito sobre este sentimento, que é fundamental para a convivência entre as mulheres, para que elas possam se sentir fortalecidas e apoiadas para reivindicar mudanças sociais e reconhecimento de direitos.
Conheça algumas autoras que explicam a importância de incentivar e fortalecer a sororidade:
Chimamanda Ngozi Adichie
A autora angola é atualmente uma das autoras que mais escreve e fala sobre a necessidade da união entre as mulheres. Chimamanda, tanto em seus livros como em suas palestras, é responsável por propor diversas reflexões que levam seus leitores a desconstruir a ideia de que entre as mulheres o sentimento de competição é mais comum do que a amizade.
Ela reflete que, ao contrário do que se pensa, a falta de sororidade (e de amizade) entre as mulheres se trata do resultado da criação que é normalmente dada às mulheres. Assim, para ela a falta de amizade e a existência de competição entre as mulheres é resultado de um aprendizado, não sendo um sentimento inerente às mulheres.
“Nós criamos meninas para enxergarem umas às outras como competidoras – não por trabalhos ou realizações, o que eu acredito ser uma boa coisa, mas pela atenção de homens;” – Chimamanda Ngozi Adichie
Alice Walker
A escritora e ativista feminista Alice Walker publicou o livro A cor púrpura no ano de 1982. Na época do lançamento do livro o termo sororidade ainda não existia, entretanto, a história contada pela autora permite que os leitores conheçam esse sentimento provocado pela união entre mulheres.
Neste livro há duas personagens centrais, mulheres, que vivem realidades bastante distintas e que possuem pouco em comum em suas vidas. Entretanto, elas se unem em uma relação mútua de amizade e de ajuda.
A personagem central da trama, depois de compartilhar suas experiências traumáticas com outra mulher, acaba por construir com ela uma relação de forte amizade e sororidade. Elas percebem que juntas são transformadoras e capazes de resolver problemas, com base no apoio e na amizade.
Djamila Ribeiro
A filósofa e ativista Djamila Ribeiro publicou os livros Quem tem medo do feminismo negro? e O que é lugar de fala? Nestas obras ela aborda temáticas do feminismo a partir da leitura do feminismo negro.
No livro O que é lugar de fala? Djamila discute sobre o direito de fala das minorias, nesse caso especificamente das mulheres negras. Em um ato de sororidade ela apresenta aos leitores outras feministas negras que produzem conteúdo interessante sobre o tema.
Já no livro Quem tem medo do feminismo negro? Djamila escreve autobiograficamente sobre as questões do feminismo negro, além de, mais uma vez destacar outras autoras feministas que fazem parte de sua formação. Entre as indicações de Djamila estão autoras como Conceição Evaristo, Bell Hooks e Chimamanda Ngozi Adichie.
Kimberly Brubaker Bradley
A autora americana publicou o livro A Guerra que me ensinou a viver. Apesar de se tratar de uma ficção o livro aborda a temática da sororidade de forma bastante impactante ao mostrar como esse sentimento de união pode ser transformador na vida de mulher.
No decorrer da história as personagens centrais da trama percebem que a convivência e a aceitação de suas diferenças pode resultar no nascimento de um vínculo forte, honesto e muito transformador.
A partir da história de ficção a autora é capaz de demonstrar aos seus leitores como a sororidade é fundamental na vida de mulheres que se acompanham e que atravessam juntas momentos de grandes dificuldades.
Babi Souza
A autora publicou o livro Vamos juntas? O guia da sororidade para todas. Na publicação Babi aborda o tema da sororidade a partir da perspectiva do medo e da insegurança que são comuns a todas as mulheres. Em Vamos juntas? Babi Souza demonstra como a sororidade pode acontecer no dia-a-dia.
Pelos exemplos e histórias contadas no livro a autora reforça a ideia de que a união e o olhar afetuoso entre as mulheres é fundamental para que se sintam mais fortes e protegidas.
Marcia Tiburi
A filósofa e escritora Marcia Tiburi explica que a sororidade pode ser definida como o olhar carinhoso de uma mulher para a outra, que procura compreender suas dificuldades e necessidades. Ela vai além deste conceito e defende que a prática da sororidade se relaciona com questões éticas e políticas que vão resultar na diminuição do preconceito que uma mulher pode ter com outra.
Marcia defende a sororidade como uma atividade de comportamento que deve ser praticada na vida diária, para que através deste companheirismo as mulheres possam viver em uma sociedade mais justa e igualitária.
Cristina Balieiro e Beatriz Del Picchia
As autoras, que são pesquisadoras do feminismo, escreveram o livro Círculos de mulheres: as novas irmandades. Na obra elas abordam os diferentes movimentos de ajuda entre mulheres que têm surgido nos últimos anos, ou seja, o livro trata da demonstração da prática da sororidade. As autoras chamam estes grupos de ajuda mútua de irmandades.
Através da apresentação e do reconhecimento do valor de alguns movimentos de mulheres surgidos nos últimos anos as autoras mostram aos leitores como a união e a proximidade entre as mulheres tem poder para gerar transformações sociais e pessoais.
Com a abordagem da união entre mulheres nos mais diversos temas (maternidade, sexualidade, trabalho, política e etc.) elas pretendem demonstrar o poder e os benefícios da sororidade.
Leia também o significado de Sororidade e conheça maneiras de colocar a sororidade em prática.
Fonte: Significados
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